Templários

A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, melhor conhecida como Ordem dos Templários é uma Ordem de Cavalaria criada em 1118, na cidade de Jerusalém, por nove cavaleiros de origem francesa, entre os quais Hugo de Payens e Geoffroy de Saint-Omer, visando a defesa dos interesses e proteção dos peregrinos cristãos na Terra Santa.
Sob a divisa Non nobis, Domine, non nobis, sed nomini Tuo da gloriam (Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao Vosso nome dai a glória), tornou-se, nos séculos seguintes, numa instituição de enorme poder político, militar e econômico.
Inicialmente, as suas funções limitavam-se à proteção dos peregrinos que se deslocavam aos locais sagrados, nos territórios cristãos conquistados na
Terra Santa, durante o movimento das Cruzadas. Nas décadas seguintes, a Ordem beneficiou-se de inúmeras doações de terra na Europa que lhe permitiram estabelecer uma rede de influências em todo o continente.A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, melhor conhecida como Ordem dos Templários é uma Ordem de Cavalaria criada em 1118, na cidade de Jerusalém, por nove cavaleiros de origem francesa, entre os quais Hugo de Payens e Geoffroy de Saint-Omer, visando a defesa dos interesses e proteção dos peregrinos cristãos na Terra Santa.
Sob a divisa Non nobis, Domine, non nobis, sed nomini Tuo da gloriam (Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao Vosso nome dai a glória), tornou-se, nos séculos seguintes, numa instituição de enorme poder político, militar e econômico.
Inicialmente, as suas funções limitavam-se à proteção dos peregrinos que se deslocavam aos locais sagrados, nos territórios cristãos conquistados na
Terra Santa, durante o movimento das Cruzadas. Nas décadas seguintes, a Ordem beneficiou-se de inúmeras doações de terra na Europa que lhe permitiram estabelecer uma rede de influências em todo o continente.





Origem do nome e lendas
Com a tomada de
Jerusalém pela primeira cruzada e o surgimento de um reino cristão, nove cavaleiros que dela participaram pediram autorização para permanecer na cidade e proteger os peregrinos que para lá se dirigiam. O rei de Jerusalém, Balduíno II, permitiu que os estábulos sobre as ruínas do Segundo Templo de Salomão, naquela cidade, lhes servissem de sede.

Insígnia da Ordem: dois cavaleiros montados no mesmo cavalo, simbolizando o voto de pobreza.
Estes cavaleiros fizeram voto de
pobreza e seu símbolo passou a ser o de um cavalo montado por dois cavaleiros. Em decorrência do local de sua sede, do voto de pobreza e da fé em Cristo surgiu o nome da Ordem, Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, ou simplesmente Cavaleiros Templários.
Segundo uma versão da
lenda, nos primeiros nove anos de existência estes cavaleiros dedicaram-se a escavações feitas nos alicerces da sua sede, até terem encontrado documentos e riquezas que os tornaram poderosos. Supostamente, sob o Segundo Templo, local mais sagrado dos antigos Judeus, jaziam riquezas ocultas pelos sacerdotes antes da conquista e destruição de Jerusalém pelos romanos no ano de 70.

Cavaleiro Templário
Segundo outras versões da lenda, os cavaleiros teriam encontrado o
Santo Graal, cálice utilizado por Jesus Cristo na Última Ceia, e que teria sido utilizado para coletar o seu sangue quando de sua crucificação.
As versões são acordes quando dizem que o que foi encontrado foi levado pelos cavaleiros templários, sigilosamente para a
Europa, onde a Ordem teria alcançado do Papa Inocêncio II uma bula pela qual obtinham poderes ilimitados, sendo declarados "isentos de jurisdição episcopal", constituindo-se, desse modo, em um poder autônomo, independente de qualquer interferência, política e religiosa, quer de reis quer de prelados.
A partir de então, a Ordem ter-se-ia expandido rapidamente, quer em número quer em poder político, acumulando vastos domínios em mais de dez países, vindo a enriquecer ainda mais através da concessão de
créditos a reis, nobres e prelados, cobrando juros sobre esses recursos, instituindo o embrião do moderno sistema bancário.
No
século XIV, a Ordem teria alcançado tamanho poder que Filipe IV de França e o Papa Clemente V, colocaram em prática uma estratégia para a esmagar a mesma e se apoderarem dos seus recursos.

Planta do Templo de Salomão e algumas de suas linhas de construção que podem ter servido de inspiração para os Templos dos Templários

Ilustração de manuscrito medieval acusando os Templários de sodomia.
O Papa enviou instruções secretas, lacradas, a serem abertas simultaneamente pelas suas forças, por toda a
Europa, no dia 13 de outubro de 1307. Nesse dia, ao serem abertas, os destinatários tomaram conhecimento da afirmação do Pontífice de que Deus lhe falara numa visão, alertando-o de que os Templários eram hereges, culpados de adoração ao demônio, homossexualidade, desrespeito à Santa Cruz, sodomia e outros comportamentos de blasfêmia. Como Papa, recebera de Deus a ordem de purificar a Terra, reunindo todos os Templários e torturando-os até que confessassem as supostas heresias cometidas.
A operação foi um sucesso e inúmeros Templários foram presos, torturados e queimados em
fogueiras como hereges, mantendo a soberania da Igreja Católica no cenário político da época.
O rei
Filipe tentou tomar posse dos tesouros dos templários. No entanto, quando seus homens chegaram ao porto, a frota templária já havia partido misteriosamente com todos os tesouros, e jamais foi encontrada. Os possíveis destinos dessa frota seriam Portugal, onde os templários seriam protegidos; a Inglaterra, onde poderiam se refugiar por algum tempo, e a Escócia onde também poderiam se refugiar com bastante segurança.
O último Grão-mestre Templário,
Jacques de Molay, após dez anos na prisão, prestes a ser executado na fogueira em 1314, amaldiçoou seus perseguidores, convocando-os a prestar contas a Deus no prazo de um ano. A maldição dirigia-se especificamente ao rei Filipe IV, ao Papa Clemente V e a Guilherme de Nogaret, guarda do Selo Real. Os três personagens faleceram naquele prazo. Complementarmente, nenhum dos filhos de Filipe IV conseguiu manter-se no trono ou deixar descendentes, encerrando-se a Dinastia Capetiana e abrindo uma crise sucessória que mergulhou a França na Guerra dos Cem Ano.

Alguns fatos
A mistura da hierarquia monástica e militar atraiu muitos filhos de
nobres, em geral aqueles que não receberiam qualquer herança em razão da regra da primogenia, para as suas fileiras.
A valentia e destreza demonstrada em várias batalhas, tornava a participação na ordem uma forma atrativa de adotar uma postura de vida religiosa e ganhar respeitabilidade na sociedade, sendo certo que a ordem era vista como uma nova cavalaria, cujos membros mesclavam atuação guerreira com a salvação espiritual.
Uma das principais características da ordem era a sua autonomia em relação à hierarquia da
Igreja Católica, sendo certo que seus membros só se sujeitavam ao próprio Papa. Tal autonomia isentava-os do pagamento de dízimos, e permitia que mantivessem os seus próprios cultos, padres, capelões, cemitérios etc.
O reconhecimento da ordem, ocorrido no Concílio de Troyes, e seu posterior crescimento está intimamente ligada à atuação de São
Bernardo de Claraval que advogou em seu favor perante o Papa e a nobreza europeia da época, ressaltando seus ideais. A regra que estabelecia o modo de viver dos cavaleiros templários também foi escrita por São Bernardo, que era sobrinho de um dos nove cavaleiros que a fundaram. Tal regra previa o voto de pobreza e de celibato.
Após a consolidação da sua força na
Europa, quando passaram a ser proprietários de vastas áreas e de diversas fortalezas, os Templários foram os precursores do cheque e do sistema financeiro internacional. Evidentemente, transportar riquezas na Idade Média representava um enorme risco. Assim, qualquer viajante poderia depositar determinada quantia numa fortaleza templária e receberia um documento cifrado que poderia ser descontado em qualquer outra fortaleza, pagando-se uma percentagem por tais serviços. Além disso, os templários fizeram empréstimos a diversos reinos, o que demonstrava o seu poder econômico.

Templários sendo queimados pela Inquisição por acusação de Heresia contra a Igreja Católica
Como a função inicial da ordem era proteger os peregrinos que se dirigiam a
Terra Santa, a ordem passou a manter relações diplomáticas com vários não-cristãos. Para evitar conflitos, tolerava os ritos e as crenças dos muçulmanos e judeus e muitos de seus membros aprenderam idiomas dos não-cristãos para evitar a negociação por meio de intérpretes. Tais fatos foram amplamente usados nas acusações feitas mais tarde contra a ordem.
De certa forma, a ascensão meteórica dos Templários levou à sua própria queda. Segundo alguns, um pouco das razões de sua queda foram causadas pelo fato de
Filipe IV, o belo, ter tentado entrar para a ordem templária, mas ter sido recusado. Além disso, num levante de seus súditos, o rei francês foi obrigado a se refugiar dentro de uma fortaleza templária até que a situação fosse controlada. O sentimento de impotência diante da ordem templária, aliado à dificuldade financeira pela qual os cofres do reino se encontravam, além da ambição por documentos contendo informações sobre tecnologia naval (que seria posteriormente usada por Colombo, Pedro Álvares Cabral e Vasco da Gama) motivou a ideia de destruição dos templários e apoderamento dos seus vastos recursos. Assim, com medo do Estado dentro do seu próprio Estado, o rei Filipe IV, com apoio do Papa Clemente V, que devia favores ao rei e foi eleito papa devido à pressão das tropas francesas, planejou a destruição da Ordem do Templo.

Rei Filipe IV da França
Em todo o território francês, os cavaleiros do Templo foram presos simultaneamente a
13 de Outubro de 1307, uma sexta-feira. (Inclusive, alguns dizem, que vem deste evento a lenda de serem as Sextas-Feiras 13 dias de azar). Por terem sido submetidos a tortura, a maioria admitiu práticas consideradas hereges, como adorar um ídolo chamado Baphomet, homossexualidade ou cuspir na cruz. O papa aprovou a sua extinção no Concílio de Viena de 1311-1312, tendo a maioria dos cavaleiros da ordem sido executados na fogueira, incluindo o seu Grão-mestre Jacques de Molay em 1314.
O julgamento dos templários arrastou-se por anos e embora muitos dos seus membros tenham sido condenados e queimados, a ordem em si não foi considerada culpada. Todavia, as máculas decorrentes das diversas acusações impediram a sua continuidade.
Influências
Quando os Templários passaram a ser perseguidos na
França, Portugal recusou-se a obedecer à ordem de prisão dos seus membros. Na verdade os portugueses tinham os Templários em alta conta, já que ajudaram nas guerras de Reconquista que expulsaram os mouros da península Ibérica, e possuíam grande tecnologia de locomoção terrestre e marítima, útil a D. Dinis (1279-1325).
Assim, após a aniquilação dos Templários na maior parte da
Europa, a Ordem continuou em Portugal, como Ordem de Cristo (da qual o Infante D. Henrique foi grão-mestre). Toda a hirerarquia foi mantida e na cruz vermelha sobre o pano branco, símbolo templário, foi acrescida uma nova cruz branca em seu centro, simbolizando a pureza da ordem.
A Ordem de Cristo herdou todos os bens dos Templários portugueses e desempenhou um papel fulcral nos descobrimentos portugueses. Por um lado, emprestaram recursos para a coroa portuguesa financiar o avanço marítimo, por outro, transmitiu à chamada
Escola de Sagres todo o vasto conhecimento que já dispunham sobre navegação após anos singrando o mar Mediterrâneo. Essa ligação íntima explica porque as caravelas portuguesas tinham suas velas pintadas com a cruz templária.
Alguns templários também se dirigiram para a
Escócia, onde foram recebidos de bom grado e se incorporaram ao exército escocês. A experiência e destreza dos cavaleiros templários foi importante nas batalhas que culminaram com a libertação do país do domínio inglês. Apesar disso, nunca mais alcançaram a importância anterior.
Segundo alguns, na
Escócia ela gozou de liberdade suficiente para continuar as suas atividades sem ser incomodada pela inquisição da Igreja Católica, tendo-se misturado a fraternidades maçônicas, donde se originou, segunda a lenda, a Franco-Maçonaria.

Mito
Muitas pessoas têm a sexta-feira 13, como um dia de azar por pura superstição sem saber ao certo como surgiu tal fato. A origem deve-se à perseguição (julgando-os como hereges para serem queimados) aos cavaleiros templários, ordenada pelo Papa Clemente V com interesses de Felipe IV que ocorreu simultaneamente em toda Europa numa sexta-feira 13.Assim, com esse massacre, a Igreja Católica acabou criando uma data para a crença popular do "dia terrível".(
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ordem_dos_Templ%C3%A1rios)

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